Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas II
Em sua fala, o ministro da Previdência disse que vai ao encontro das trabalhadoras domésticas para que as mudanças possam acontecer. "Vou batalhar no Ministério para que as domésticas sejam incluídas no sistema Previdenciário", informou. Garibaldi fez questão de ressaltar que os laços entre empregados e empregadores foram rompidos e que, agora, ele vai tentar restabelecer. Segundo ele, deveria existir uma relação profissional quando "elas trabalham nas nossas casas". A diretora da OIT Brasil, Laís Abramo, parabenizou o governo brasileiro por discutir a situação das trabalhadoras domésticas. "Nada é mais oportuno do que na data de hoje lançar esse relatório, que é fruto de um debate amplo. Esse estudo contribui com a discussão sobre o tema, porque mostra a realidade da categoria, e com o processo da organização da I Conferência Nacional do Trabalho Decente", destacou. A presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Oliveira, iniciou seu discurso dizendo que a luta por direitos das trabalhadoras domésticas não é de hoje: "Começou na década de 30 com a 'guerreira' Laudelina Campos de Melo". Segundo ela, atualmente, as jovens, principalmente as negras, não querem ser domésticas, porque as oportunidades são outras. "Na verdade, nunca quisemos. Fomos jogadas nessa profissão. Também não queremos que acabe o trabalho doméstico, mas lutamos por melhores condições", desabafou.