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Transição agroecológica exige mudança de parâmetros, diz relatório divulgado em Roma

publicado: 17/10/2018 12h13, última modificação: 21/11/2018 17h32
Relatório apresenta sete casos concretos de sucessso na mudança para forma de produção agreecolóica. Imagem: FAO

Relatório apresenta sete casos concretos de sucessso na mudança para forma de produção agreecolóica. Imagem: FAO

A transição agroecológica realmente acontece quando ocorrem mudanças em várias frentes ao mesmo tempo. Neste momento, novas relações de poder são formadas, a lógica do sistema começa a mudar e países inteiros podem redesenhar radicalmente seus sistemas alimentares. Esse é o resumo do novo relatório Rompendo com Sistemas Industriais de Alimentação e Cultivo: Sete Estudos de Caso de Transição Agroecológica.

O documento foi divulgado nesta segunda-feira (15), em Roma, em evento sobre transição agroecológica, realizado paralelamente à reunião do Comitê Mundial de Segurança Alimentar (CSA) do Comitê Mundial de Segurança Alimentar da Organização das Nações Unidas(ONU). O trabalho é de autoria do Painel Internacional de Especialistas em Sistemas Alimentares (Ipes Food, na sigla em inglês).

Os sete estudos de casos foram apresentados logo após a FAO lançar a iniciativa Ampliando a Agroecologia para Atingir os Objetivos Sustentáveis do Milênio, em abril de 2018. Os levantamentos se seguem ao relatório de 2016 da Ipes Food, Da Uniformidade à Diversidade, que identificou os círculos viciosos que perpetuam os sistemas industriais de alimentação e cultivo, apesar do severo impacto que eles causam sobre a saúde humana, a economia, bem-estar social, biodiversidade e mudança climática.

O que precisa ser mudado

Os casos são exemplos concretos de como, apesar dessas barreiras contra as mudanças, pessoas de todo o mundo têm sido capazes de reformular radicalmente e de redesenhar os sistemas alimentares com base em princípios agroecológicos. No entanto, tais transformações primeiramente exigem mudanças na forma como as comunidades, regiões e países veem seu sistema alimentar, na maneira como o conhecimento é compartilhado, de como os sistemas alimentares são administrados e dos valores que que sustentam estes sistemas.

Steve Gliessman, principal autor do relatório afirma que os estudos de caso revelam que a mudança nem sempre se dá no campo. “A transição pode ser estartada por atividades de construção comunitárias, parecerias entre agricultores e pesquisadores e até mesmo por choques externos que fazem com que as pessoas questionem a conjuntura, o status quo”, afirma ele.

Veja o relatório completo

Fonte: Consea com informações da Ipes Food