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“É preciso subsidiar os alimentos saudáveis e taxar os menos saudáveis”, diz diretor da Federação Mundial de Obesidade

publicado: 24/07/2018 17h17, última modificação: 24/07/2018 17h17

“É preciso direcionar o consumo dos alimentos. Por exemplo, uma das medidas estudadas no Brasil foi expor os alimentos saudáveis em locais privilegiados no supermercado. Além disso, criar incentivos de preços: subsidiar os mais saudáveis e taxar os menos”.

A avaliação é de Walmir Coutinho, professor do Departamento de Medicina da PUC-Rio e diretor do comitê executivo da Federação Mundial de Obesidade, em entrevista publicada nesta semana na edição 2592 da revista VEJA.

“O ambiente conspira contra o controle de peso”, afirma o endocrinologista, considerado uma referência internacional em sua área. “Os vídeos e sites visitados pelas crianças estão cheios de anúncios de refrigerantes e salgadinhos. Nos programas infantis da televisão, a média de calorias dos produtos anunciados nas propagandas é o triplo da verificada nos comerciais do horário adulto”.

Coutinho afirma que embora a obesidade infantil nos Estados Unidos seja atualmente maior do que no Brasil, a taxa de crescimento do problema por aqui é muito mais acelerada. “Vamos ultrapassar os americanos”, alerta. “Falta aos governos uma percepção real do tamanho do problema”.         

Para o médico, é preciso valorizar a alimentação do passado. “Temos de voltar a comer feijão com arroz e carne, cujo consumo está em queda. É muito mais saudável. Não há comparação com o que estamos consumindo agora”.

Fonte: Ascom/Consea