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Saída do Brasil do Mapa da Fome se deve a programas que devem ser preservados

publicado: 10/04/2018 20h50, última modificação: 12/04/2018 14h48
Imagem: Francicarlos Diniz/Consea Conselheiras, conselheiros e convidados durante Painel em Defesa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

Conselheiras, conselheiros e convidados durante Painel em Defesa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

É preciso lembrar e repetir que o Brasil saiu oficialmente em 2014 do Mapa da Fome, elaborado pela Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO). E essa vitória somente foi possível graças a um conjunto de estratégias, como o Programa Fome Zero, moldados a partir da mobilização da sociedade e executado pelo próprio Estado brasileiro.

As afirmações foram feitas nesta terça-feira (10), pela presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Elisabetta Recine, durante o Painel em Defesa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN).

O evento foi realizado no Plenário 2 do Anexo II da Câmara dos Deputados, em parceria com a Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional (FPSAN). Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção e no combate à fome e à pobreza.

Durante o encontro na Câmara dos Deputados, a presidenta ressaltou a necessidade de se preservar o legado das estratégias que tiraram o país do Mapa da Fome, por meio da revisão de cortes orçamentários e da manutenção das estruturas já criadas para o funcionamento dos programas que combatem a miséria e a fome. “O PAA é simbólico e é por isso que o Consea está hoje aqui”, enfatizou.

Tanto as conquistas recentes quanto a desestruturação financeira, de equipes e processos que hoje afetam o PAA também atingem a agricultura familiar, a assistência técnica e extensão rural (Ater) e programas específicos de apoio às mulheres, acrescentou.

Diante destes desafios, Elisabetta Recine considerou fundamental que a atuação das entidades sociais do Consea se dê cada vez mais em conjunto com os parlamentares, que têm compromisso com a realização dos direitos humanos no Brasil.

“O Consea vem avaliando o quanto é fundamental estreitarmos os laços com as deputadas e deputados, senadoras e senadores que realmente têm compromisso com os valores dos direitos humanos. Para articular de maneira cada vez mais forte e legítima a atuação dos movimentos sociais para combater as desigualdades e a fome”, enfatizou.

Ao final do painel, a presidenta Elisabetta Recine, acompanhada de integrantes do Consea, entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a Carta Política do Encontro 5ª + 2, ocorrido de 6 a 8 de março em Brasília.

Fonte: Ascom/Consea

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