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Consea participa de Simpósio de Atualização em Nutrição, em MG
Profissionais e estudantes de nutrição lotaram o Auditório do I Simpósio de Atualização em Nutrição CRN9. O evento aconteceu na tarde de ontem (06), na sede da Associação do Ministério Público de Minas Gerais (AMMP-MG). A presidente do Conselho, Elisabeth Chiari, ao abrir a atividade, falou do sucesso do evento e da satisfação do Conselho em acolher a todos.
A nutricionista Ana Lara Veloso foi a primeira palestrante. Abordando o tema “Catering off shore: a atuação do nutricionista”, Ana esclareceu que o off shore é o trabalho afastado da costa e que acontece, geralmente em embarcações marítimas. A palestrante disse que a área é um mercado de trabalho importante e em ascensão para o profissional de nutrição. “Temos hoje 400 (quatrocentas) embarcações de apoio e o nutricionista não está em todas”, ponderou.
Enfatizando ser a nutrição é a ciência dos alimentos, Silvia Cozzolino, nutricionista presidente do CRN3 (São Paulo – Mato Grosso) foi a segunda palestrante com o tema “Avanços da Ciência da Nutrição no Brasil e no Mundo”. Silvia defendeu uma visão abrangente e integradora da atuação profissional. “Devemos assumir, de forma individualizada, que a saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social”, definiu. E enfatizou, “não pode ser vista meramente como a ausência de enfermidade”. Silvia argumentou que o nutricionista não deve ser adepto do modismo e do eventual. “Para que a nutrição e nós cresçamos, devemos desenvolver o espírito crítico e ter o pé no chão da realidade”, sinalizou.
Alexandre Aguiar, nutricionista e bioquímico, abriu sua palestra “O poder da nutrição no metabolismo neuroendócrino de fome e saciedade, afirmando a primícia de que o profissional de nutrição deve ter clareza do alimento como ferramenta de atuação. Neste sentido, ele fez um convite de que os nutricionistas procurem se aprofundar no conhecimento neuroendócrino. “É preciso entender a individualidade, saber o que se passa, compreender o cansaço e avaliar o estresse, que interferem na fome e na saciedade”, comentou Alexandre como fundamental para o atendimento ao paciente.
Na mesa redonda “a efetivação das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional nos municípios”, a mediadora Joyce Andrade Batista, Nutricionista Diretora do CRN9, destacou a importância da participação ativa do profissional e a atuação intersetorial para conquistas na área de alimentação e nutrição das cidades.
A debatedora Mrilane Klimach Guimarães, assessora técnica do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão consultivo e de assessoramento da Presidência da República, falou da necessidade do nutricionista em conhecer e se apropriar do Sistema de Segurança Alimentar (SISAN). A segurança alimentar é uma política de visão integrada e que propicia o desenvolvimento. Mirlane elencou diversos planos, programas, políticas e atividades em que o nutricionista pode se integrar e cobrar aplicação nos municípios: Guia Alimentar da População Brasileira, Plano Nacional de Combate à Obesidade, Política Nacional de Agroecologia, dentre outros. Ela fez questão de listar o chamado da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Década de Ação sobre Nutrição (2016-2025).
O segundo debatedor Élido Bonomo, presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Minas Gerais (CONSEA-MG), disse da importância do tema da mesa. “ A política pública é feita pelo Estado para promover melhores condições de vida, garantindo o Direito Humano à Alimentação Adequada – DHAA”, comentou. A junção do saber popular com o saber científico em prol da sociedade é defendida por Élido Bonomo. “Precisamos compreender e assumir que a segurança alimentar é um problema da sociedade e um compromisso de cidadania”, declarou. Para o presidente do CFN, “o conhecimento técnico aliado à defesa da política de alimentação e nutrição devem ter base social e buscar o benefício do outro. ”
Fonte: Ascom/CRN9