Experiências de Curitiba e Belo Horizonte são apresentadas em plenária do Consea

Em reunião plenária, realizada nesta quarta-feira, em Brasília, os componentes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) conheceram as trajetórias, experiências e propostas das cidades de Curitiba e Belo Horizonte relacionadas à agricultura urbana e periurbana.

Lorena Fernandes apresentou a experiência da Articulação Metropolitana de Agricultura Urbana, que atua na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). Já Marcelo Munaretto, superintendente da Secretaria Municipal de Abastecimento de Curitiba (PR) abordou a experiência da administração municipal com ações integradoras, incluindo a inserção no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutriconal (Sisan).

O exemplo de Belo Horizonte revela uma multifuncionalidade do uso agrícola do solo urbano e a relação com outras temáticas relevantes, como organização popular, soberania/segurança alimentar, equidade de gênero, economia popular e solidária, reformas urbana e agrária, entre outros.

A pauta da entidade de articulação mineira contempla acesso à terra e a recursos naturais, assessoria técnica com enfoque agroecológico, popular e de gênero; organização de base e auto-organização das mulheres; capacitação técnica, formação política, fomento, apoio às experiências, pesquisas, apoio às iniciativas de comunicação popular.

“Esta é uma caminhada que convida para mais esforços políticos, teóricos e práticos para [se] avançar na organização dos agricultores urbanos e na compreensão das potencialidades da agroecologia para transformar o espaço e as relações sociais nos contextos urbanos”, disse Lorena Fernandes na apresentação.

Já a apresentação de Curitiba mostrou que a gestão de segurança alimentar e nutricional na capital paranaense contempla 20 programas municipais e presta 11 milhões de atendimentos anuais, segundo informou Marcelo Munaretto, superintendente da Secretaria Municipal de Abastecimento.

“Um exemplo é o Armazém da Família, cuja oferta de gêneros alimentícios é 30% mais barata que no varejo”, disse Munaretto. “São 32 unidades e em 2013 foram realizados 1.500.000 atendimentos”, informou ele.

O superintendente revelou também os exemplos das firas, mercados e sacolões, que possuem comercialização de produtos variados, especialmente de frutas e hortaliças, com foco diferenciado a cada equipamento. “São 103 unidades e 1.460 permissionários”, revelou.

Fonte: Ascom/Consea