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Agroecologia é tema de encontro de Caisans
A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e o Plano Brasil Agroecológico foram pautas da mesa de encerramento do 3º Encontro das Câmaras Intersetoriais de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisans estaduais), realizado pela Caisan Nacional nesta quarta e quinta-feira (18 e 19).
Falaram sobre os temas o assessor especial da Secretaria Geral da Presidência da República e secretário executivo da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, Selvino Heck; e o chefe de gabinete da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e representante da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica, Onaur Ruano.
Selvino Heck explicou que o processo de construção da política começou em 2012, a partir de experiências e definições concretas nas áreas de agroecologia e produção orgânica, demandadas por diversos movimentos sociais do campo. O lançamento da política está previsto para o início de outubro.
“A questão da alimentação adequada e saudável é uma questão fundamental de diálogo, assim como o tema da agricultura urbana, da biodiversidade, a questão das sementes crioulas, da produção, do consumo e da comercialização. Temos o desafio de integrar essas ações e programas em um plano que tenha também a visão agroecológica e a produção orgânica”, disse Selvino Heck.
Segundo Onaur Ruano, “quando falamos de segurança alimentar e nutricional ou de produção de alimentos orgânicos e agroecológicos, estamos com objetivos e metas de movimentos que compartilham seus temas e planos. O Plano Brasil Agroecológico tem o mérito de olhar todo o universo de iniciativas espalhadas pelo país no campo da agroecologia e alimentos orgânicos, distribuídas em um orçamento que se aproxima de 9 bilhões de reais”, disse.
O plano prevê 125 iniciativas e 14 metas, distribuídas em quatro eixos: meios de produção; uso e conservação de recursos naturais; conhecimento; e comercialização e consumo.
“Na minha visão, o controle social não pode ser exercido se não houver transparência, onde seja possível enxergar o que se propõe a fazer, por quem, com quais recursos e com definição do resultado que se pretende chegar, neste caso, até 2015”, finalizou Ruano.
A mesa foi moderada pela coordenadora de Apoio à Estruturação Familiar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Daniela Prado.
Fonte: Caisan Nacional