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Conselheira promove debate sobre doença falciforme

por Consea publicado: 03/10/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h02

Em agosto foi realizado no Rio de Janeiro um debate sobre a doença falciforme. A professora Claudia Cople, que é especialista no assunto, fez uma exposição explicando a doença e suas características a um grupo de conselheiros municipais, estaduais e nacionais. Ela apresentou dados sobre as necessidades alimentares desse grupo social. O diagnóstico da doença é relativamente simples, basta realizar o “teste do pezinho”, logo ao nascer. Na vida adulta, porém, a ausência do diagnóstico adequado leva muitas pessoas a tratarem a doença como se fosse uma outra anemia.

De acordo com Daniela Frozi, articuladora do debate e conselheira do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), “a doença por si só é relevante pelo grau de sofrimento do doente, pois leva as pessoas a crises de hiperalgesia (dor extrema)”. Segundo ela, “a doença incide sobre uma parcela invisível da população, do ponto de vista social e biológico”. Historicamente, a doença falciforme esteve ligada aos afrodescendentes, embora dados atuais mostrem que ela está distribuída em diferentes segmentos da população.

“Hoje, a situação de maior gravidade, pelo que ouvimos dos representantes das organizações e associações ligadas ao tema, é que os mais pobres não conseguem ter segurança alimentar e nutricional para enfrentar os desafios orgânicos dessa doença”, afirmou. "É necessário, no âmbito do Consea, articularmos junto ao governo federal a melhoria do desenho das políticas públicas de segurança alimentar e nutricional para que as demandas dos movimentos sociais ligados à doença falciforme no Brasil sejam atendidas”, completou Daniela.

Para Maria Emília Pacheco, presidenta do Consea, o próximo passo é trazer a discussão para dentro do Consea. Segundo a presidenta, “estamos diante de um quadro muito grave, embora já com algumas conquistas, como foi a portaria que incluiu o diagnóstico da doença no teste do pezinho, assim como a política que foi elaborada, embora ainda sem muita operacionalização”.

Para a conselheira Olídia Maria da Conceição Lyra da Silva (Mãe Torody), que participou do evento, “o debate foi muito bom, nos enriqueceu de conhecimentos sobre a situação das pessoas com doença falciforme”. Para ela, “este debate deve ser inserido no Consea, [pois] há uma diversidade de queixas de alimentação desse grupo, em especial quando em idade escolar”, completou.

Fonte: Ascom/Consea