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No Reino Unido, pais apoiam restrição à publicidade de alimentos

por Consea publicado: 23/03/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h08

Uma pesquisa com mil pais no Reino Unido mostrou que a maioria considera que a publicidade influencia na alimentação dos seus filhos. A maioria se mostrou a favor de algum tipo de restrição das propagandas de alimentos não saudáveis.

Segundo o estudo, 65% dos pais entrevistados apoiam a ideia da proibição das propagandas de alimentos e bebidas com altos teores de açúcares, gorduras e sal antes das 21h.

Na enquete, 72% dos pais afirmaram que, no mês anterior à pesquisa, compraram produtos como chocolates, doces e refrigerantes que não tinham a intenção de adquirir, mas só o fizeram pela insistência dos filhos – que eles chamam de “Nag Factor”.

Os dados estão de acordo com os resultados da pesquisa Datafolha, realizada no Brasil, em junho de 2011. A pesquisa foi encomendada pelo Criança e Consumo, do Instituto Alana. A enquete revelou que 79% dos pais entrevistados acreditam que a publicidade de alimentos não saudáveis prejudica hábitos alimentares das crianças.

Entre os entrevistados, 78% deles afirmaram que os comerciais de alimentos não saudáveis levam seus filhos a “amolar” (pedir muito) para comprar os produtos anunciados. Para 76% dos pais entrevistados, a propaganda dificulta os seus esforços para educar o filho a se alimentar de uma forma saudável.

As pesquisas mostram como os pais se sentem impotentes diante dos apelos comerciais direcionados a seus filhos e a necessidade de alguma legislação que regule as propagandas dirigidas a crianças, de forma a dar condições aos pais para que eles eduquem e conscientizem seus filhos quanto aos seus hábitos alimentares.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em todos os seus fóruns, instâncias e eventos tem defendido a regulação da publicidade de alimentos para crianças.

Na 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em novembro, em Salvador(BA), com a participação de 2.000 pessoas, defendeu a regulamentação da propaganda de alimentos voltada para o público infantil.

Fonte: Asbran e Consea