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Conselheiro fala sobre as “sementes da paixão”

por Consea publicado: 05/06/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h07

Nas últimas quarta e quinta-feira (30 e 31 de maio) aconteceu o seminário “Pesquisa e Política de Sementes no Semiárido”, que apresentou estudo que reconheceu a qualidade das sementes crioulas na Paraíba, também conhecidas como “Sementes da Paixão”. Essas sementes são produzidas pelos agricultores familiares desde os seus antepassados e significam a garantia da autonomia e diversidade da produção da agricultura camponesa de base agroecológica.

Entre os participantes do evento estava o conselheiro Naidison de Quintella Baptista, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Para Naidson, os resultados apresentados no evento são provas de que as “Sementes da Paixão” não merecem ser tratadas como grãos. “Os resultados mostram a maior efetividade das sementes crioulas do que as outras. Estes resultados mostram que estamos falando de sementes e precisamos trata-las como tal”, afirmou o conselheiro.

O objetivo do evento era disponibilizar os resultados da pesquisa para contribuir com a formulação de propostas de políticas públicas de sementes voltadas para a agricultura familiar camponesa do Semiárido. Naidison disse que o Consea tem em sua pauta de discussões a temática das sementes. “O Consea busca intervir nessa legislação que trata as sementes quase como grãos. Precisamos continuar nessa causa porque hoje temos a comprovação científica de que as sementes crioulas resolvem melhor os problemas específicos dessa região”, disse Naidison.

O Seminário “Pesquisa e Política de Sementes no Semiárido” apresentou os resultados quantitativos e qualitativos de um estudo desenvolvido pela Articulação do Semiárido Paraibano (ASA - PB) e a Embrapa Tabuleiros Costeiros, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A presidenta do Consea, Maria Emília Pacheco, informou que as sementes crioulas serão ponto de pauta da próxima plenária do conselho. “Vamos incorporar essas reflexões na nossa plenária do Consea sobre convivência com o semiárido”, disse a presidenta.

Fonte: Ascom/Consea