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Quilombolas melhoram de vida com PAA

por Consea publicado: 27/07/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h06

Morador da Comunidade Remanescente de Quilombo do Sítio Carrasco, Erotildes Jerônimo da Silva cultiva tomate, abóbora, maracujá, cenoura e batata doce. Tudo sem agrotóxico. Ele faz parte de um ainda seleto grupo de agricultores de áreas de quilombos que vendem parte de sua produção ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Na comunidade, que fica em Arapiraca (AL), a 134 quilômetros de Maceió, três quilombolas são fornecedores de legumes, frutas e hortaliças. “Com o PAA, melhorou bastante. Todo final de semana tenho um trocadinho. Antes era um sufoco. No final do ano, ficava sempre devendo”, afirma Silva, pai de sete filhos, que participa do programa desde 2006.

Ainda em processo de regularização fundiária, a Comunidade do Carrasco tem famílias que não conseguem produzir e precisam receber cesta de alimentos. “No quilombo, tem famílias que plantam e outras que recebem os alimentos”, explica Genilda Maria Queiroz Silva, representante da comunidade. Elas não conseguem entrar no grupo de produção, acrescenta, porque venderam suas terras e ficaram apenas com área reservada à residência. Cerca de 120 famílias recebem alimentos. Segundo Genilda, essa situação será resolvida quando o processo fundiário for finalizado.

A participação no PAA é incentivada pelo governo federal como forma de geração de renda para os quilombolas. Levantamento do Ministério do Desenvolvimento Social aponta que, em 2011, foram adquiridas 2,2 mil toneladas de alimentos de comunidades remanescentes de quilombos. As compras renderam R$ 3,3 milhões, beneficiando 19 associações nos estados da Bahia, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, do Pará, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí e Paraná. O PAA é uma das ações do Plano Brasil Sem Miséria.

Fonte: Ascom/MDS