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Brasil é o país que mais coleta embalagens vazias de agrotóxicos

por Consea publicado: 20/07/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h06

O Brasil é referência mundial no programa de coleta e destinação final correta de embalagens de agrotóxicos, informa a edição desta sexta-feira do boletim “Em Questão”, veiculado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

De acordo com o informativo, o Brasil possui uma cobertura de 94% da demanda. Depois do Brasil vem a Alemanha, com 76%, e o Canadá, com 73%. O programa cresceu 9% em três anos, chegando a 34,2 mil toneladas recolhidas no ano passado.

Nos últimos dez anos, o programa brasileiro reciclou mais de 202 mil toneladas. “O principal objetivo é dar a destinação correta para as embalagens vazias dos agrotóxicos e diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação do meio ambiente”, explica o coordenador de Agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Luís Eduardo Rangel.

As embalagens de agrotóxicos são obrigatoriamente recolhidas desde 2002. A nova legislação federal determinou a responsabilidade da destinação final de embalagens vazias para o agricultor, o fabricante e o revendedor. Cada elo da cadeia tem a sua função e uma organização não governamental. O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias é responsável pela destinação final do material. O instituto entrou em funcionamento em março de 2002, como contrapartida das indústrias fabricantes dos produtos.

Antes da legislação, as embalagens eram enterradas ou queimadas. De acordo com a nova regra, o produtor deve lavá-las e perfurá-las para evitar a reutilização. Esse recipiente pode ficar armazenado na propriedade por no máximo um ano. O revendedor tem a obrigação de indicar os postos de recolhimento na nota fiscal e o fabricante de recolher e dar a destinação final ao material. A fiscalização é rígida pelas leis de agrotóxicos e de crimes ambientais. “As multas podem chegar a R$ 20 mil no caso de não cumprimento à legislação”, alerta Rangel.

O sistema Campo Limpo, que faz a logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos, conta com 114 centrais e 307 postos de recolhimento, porém, as unidades móveis são responsáveis por cerca de 10% da coleta.

O destino final são 14 unidades recicladoras e incineradores. O sistema poupa a emissão de gases de efeito estufa, com 250 mil toneladas não emitidas de CO2 equivalente.

É tecnicamente possível reciclar 95% das embalagens, mas elas precisam ser lavadas corretamente no momento de uso do produto no campo. São incineradas as embalagens não laváveis (cerca de 5% do total) e as que não foram tríplice-lavadas pelos agricultores.

Fonte: Em Questão/ Secom