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Cúpula dos Povos tem inscrições prorrogadas até 5 de maio

por Consea publicado: 25/04/2012 00h00, última modificação: 18/09/2017 14h09

A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental - evento organizado pela sociedade civil global – prorrogou as inscrições de atividades e de imprensa até o dia 5 de maio. O evento será realizado de 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

A pauta prevista para a Rio+20 oficial – a chamada “economia verde” e a institucionalidade global – é considerada pelas entidades da sociedade civil como “insatisfatória para lidar com a crise do planeta, causada pelos modelos de produção e consumo capitalistas”.

Segundo os organizadores, para enfrentar os desafios dessa crise sistêmica, “a Cúpula dos Povos não será apenas um grande evento; ela faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que têm como marco político a luta anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e anti-homofóbica”.

A Cúpula pretende transformar o momento da Rio+20 em oportunidade para tratar dos graves problemas enfrentados pela humanidade e demonstrar a força política dos povos organizados. “Venha reinventar o mundo - é o nosso chamado e o nosso convite à participação para as organizações e movimentos sociais do Brasil e do mundo”, anuncia o site do encontro.

O Comitê Facilitador está preparando o desenho do evento e do local de sua realização, no Aterro do Flamengo. O espaço será organizado em grupos de discussão autogestionados, na Assembleia Permanente dos Povos e num espaço para organizações e movimentos sociais exporem, praticarem e dialogarem sobre experiências e projetos. As ações da Cúpula serão todas interligadas.

A ideia é que a Assembleia Permanente dos Povos – o principal fórum político da Cúpula, se organize em torno de três eixos e debata as causas estruturais da atual crise civilizatória, sem fragmentá-la em crises específicas – energética, financeira, ambiental, alimentar. “Com isso, esperamos afirmar paradigmas novos e alternativos construídos pelos povos e apontar a agenda política para o próximo período”, afirmam.

Os dois primeiros dias da Cúpula (15 e 16 de junho) serão pautados por atividades organizadas pelos movimentos sociais locais, que estão em luta permanente de resistência aos impactos das grandes obras. Desde esse momento, já estará montado um espaço de livre acesso, onde organizações e movimentos da sociedade civil global exibirão experiências e projetos que evidenciam como é possível viver em sociedade de forma fraterna e sustentável, ao contrário do paradigma hoje vigente.

Por isso, o território da Cúpula dos Povos será organizado de forma livre da presença corporativa e com base na economia solidária, agroecologia, em culturas digitais, ações de comunidades indígenas e quilombolas. Esse encontro da cidadania, que também contará com atrações culturais, ficará aberto até o fim da Cúpula, no dia 23.

No dia 17, domingo, a organização da Cúpula prepara uma passeata para marcar o evento. A partir do dia 18, começarão as discussões autogestionadas e a Assembleia Permanente dos Povos. O 20 de junho será o Dia da Mobilização Internacional.

Acesse a página eletrônica do evento para saber o que é o evento, quem organiza, a programação, os comitês locais e as formas de participação, entre outras informações.

Fonte: Comitê Organizador da Cúpula dos Povos