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Encontro Nacional Mulheres, Agroecologia e Plantas Medicinais
Campina Grande receberá, nesta terça até quinta-feira (26 à 28), mais de 100 mulheres agricultoras das diversas partes do Brasil que se reunirão para divulgar e trocar experiências sobre o uso de plantas medicinais e a implantação de práticas agroecológicas que garantem a saúde e a segurança alimentar de milhares de famílias do campo. O Encontro Mulheres, Agroecologia e Plantas Medicinais será promovido pelo Grupo de Trabalho Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (GT Mulheres da Ana), formado por grupos de mulheres, organizações mistas e feministas e por representações de movimentos sociais que têm em comum a luta pela auto-organização das mulheres e da construção de políticas públicas.
O objetivo é dar maior visibilidade ao papel que as mulheres desempenham em suas comunidades e buscar estimular a articulação de alianças e redes regionais e nacionais que permitam uma maior disseminação das experiências conduzidas em escala local.
Para tanto, a comissão organizadora identificou e selecionou experiências de agricultoras que sejam representativas de redes regionais (Amazônia, Cerrado, Sudeste, Sul e Nordeste) e movimentos nacionais que abordam o tema mulheres e plantas medicinais, tais como o Movimento de Mulheres Camponesas, a Marcha Mundial de Mulheres, o Instituto de Mulheres Negras do Amapá, o Polo da Borborema, o Coletivo Cariri, Seridó e Curimataú, além de organizações da sociedade civil, como AS-PTA, Fase, Comissão Pastoral de Terra, Terra de Direitos.
Durante os três dias do evento, serão realizados debates sobre políticas públicas, trabalhos em grupo, exposição de algumas práticas (por meio da atividade Carrossel de Experiências), visitas a campo e, como não poderia faltar, a Feira de Saberes e Sabores.
As mulheres do campo sempre estiveram à frente da diversificação de culturas, do cultivo de plantas medicinais e do despertar para a transição agroecológica das unidades familiares. A importância disso se reflete não só no rendimento da produção dos sistemas, como também na reprodução dos modos de vida camponesa nas mais variadas realidades do Brasil.
São também as mulheres agricultoras que garantem a passagem de geração para geração de uma grande variedade de conhecimento acerca das qualidades, propriedades e aplicação das plantas para a saúde humana e animal. O momento, portanto, é de resgatar e valorizar esse conhecimento tradicional, muitas vezes desqualificado pelas indústrias farmacêuticas a serviço de grandes transnacionais que contribuem para a consolidação do mercado da doença, que incentiva a substituição de remédios caseiros pelos sintéticos.
Visibilizar o papel das mulheres no cultivo, no preparo e no uso das plantas medicinais é fortalecer esse movimento de resistência que luta pela autonomia das mulheres e pela soberania dos povos.
Programação
Terça-feira 26 de outubro
Manhã
Abertura: mística e apresentação
Debate: Modelo de desenvolvimento e implicações na vida das mulheres e plantas medicinais
Tarde
Carrossel de Experiências
Noite
Feira de saberes e sabores
Quarta-feira 27 de outubro
Manhã
Visitas às experiências do Pólo da Borborema, do Coletivo Cariri, Seridó e Curimataú e do Centro Nordestino de Medicina Popular
Tarde
Debate: A Política Nacional de Plantas Medicinas e o acesso à biodiversidade
Noite
Feira de saberes e sabores
Quinta-feira 28 de outubro
Manhã
Trabalho em grupos com questões orientadoras para síntese de propostas
Encaminhamentos finais;
Avaliação do encontro
Mística de encerramento
Fonte: Organização do evento