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Consea faz relatos de visitas a propriedades no semiárido

publicado: 26/03/2010 15h55, última modificação: 26/05/2017 12h28

Marcelo Torres

Juazeiro (BA) - Os participantes do VII EnconAsa, Encontro Nacional da Articulação no Semi-Árido Brasileiro, que está acontecendo em Juazeiro(BA), realizaram nesta quarta-feira visitas a 14 empreendimentos rurais bem-sucedidos na região.

São experiências ligadas aos sete grandes temas de discussões do encontro - acesso à água, acesso à terra, educação contextualizada, economia solidária, auto-organização e direito das mulheres, agrobiodiversidade e segurança alimentar e nutricional.

Na manhã desta quinta-feira, um representante de cada grupo foi escalado para relatar o que viu, aspectos gerais da experiência, o antes e o depois, além dos desafios. Esses 14 relatores foram distribuídos entre as sete oficinas das atividades da manhã.

Na oficina sobre o tema segurança alimentar e nutricional as relatoras foram Carmem Priscila Bocchi e Márcia Dias, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e Conselho Estadual da Bahia (Consea-BA), respectivamente.

Priscila esteve no grupo que visitou a propriedade de "seu" Isaías e Dona Edite, em Testa Branca, município de Uauá (BA), enquanto Márcia conheceu as propriedades de Edésio, Aílton e Elisabete, em Lagoa Redonda, município de Casa Nova (BA).

Segundo o relato de Priscila, a família de "seu" Edésio "mostrou planejamento para lidar e conviver com a seca, organizando a terra em 26 piquetes, armazenando a água em cisternas e cacimbas - tanto para o consumo humano como para a produção - e está programada uma barragem subterrânea".

Ela destacou ainda "a forte relação com o semiárido, a importância da capacidade empreendedora e de liderança do senhor Isaías, que buscou capacitação e não teve receio de inovar".

Márcia informou que os anfitriões de Casa Nova (BA), sob a sombra de um umbuzeiro, relataram uma experiência de transformação, explicando como era a lida da família antes e depois da chegada das cisternas e do contato com a ASA e com o Sasop (Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais).

"Antes era um sufoco para a família", relatou Márcia, "eles tinham que buscar água numa barragem e carregar na cabeça ou no lombo de um jegue por uns dois quilômetros. Hoje eles têm água para consumo, para os animais e para a produção", revelou.

Ela apresentou um quadro do tipo "Antes e Depois", mostrando como a chegada da cisterna foi um divisor de águas para aqueles agricultores. "Antes, tudo o que eles comiam era comprado na feira ou comércio da cidade; hoje, eles produzem o que consomem, não compram na feira e ainda vendem ou doam os excedentes".

O VII EnconAsa teve início na segunda (22) e segue até esta sexta-feira (26).

Fonte: Assessoria de Comunicação do Consea