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PNAN é avaliada por especialistas, acadêmicos e autoridades nacionais e internacionais
Uma conferência do secretário geral da Organização Internacional para o Direito Humano à Alimentação - Fian Internacional, o brasileiro Flávio Valente, abriu na manhã desta terça-feira, em Brasília, o Seminário Nacional de Alimentação e Nutrição no SUS - PNAN 10 anos, que segue desta terça até quinta-feira, no Centro de Convenções Israel Pinheiro. PNAN é a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, do Ministério da Saúde.
Flávio Valente falou sobre as "Perspectivas para a Política de Alimentação e Nutrição no Brasil e no Mundo". Segundo ele, "o Brasil atualmente tem a responsabilidade mundial de contribuir para esse debate que está ressurgindo depois de um período de muita redução de investimento na área de nutrição". Ele destacou a importância da nutrição não só no combate à fome, como também na promoção da saúde e dignidade das pessoas. "Raramente se entende que a nutrição tem um papel central no combate à fome e na promoção da saúde e da dignidade humana. Não estamos falando somente de uma alimentação adequada, nós estamos falamos de uma alimentação digna, que produz gente digna, gente capaz de participar e de ser saudável".
Dentre os assuntos abordados, falou sobre a necessidade de retomar a centralidade do direito humano, principalmente no que se insere ao direito à alimentação e à soberania alimentar. Falou sobre os modos de produção agrícola e os fatores que interferem diretamente no seu desenvolvimento como o trabalho escravo, intoxicação por produtos químicos, exclusão da terra e cultura dos povos tradicionais.
De acordo com Flávio, "é importante que se crie na população o conceito de alimento como saúde e não somente mercadoria". Falou ainda sobre a realidade da atual crise alimentar mundial. "Em boa parte dos países, a crise significa tirar as pessoas que estão manifestando por uma alimentação saudável e adequada das ruas, e não acabar com o número de pessoas famintas".
Segundo ele, o que passamos hoje é resultado de um caminho tomado durante o curso da História. O de achar que era possível acabar com a fome através do comércio, e em paralelo às políticas de apoio à segurança alimentar.
Fonte:Assessoria de Comunicação do CONSEA