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Representação da FAO no México conhece programas brasileiros de segurança alimentar

publicado: 21/07/2010 09h20, última modificação: 26/05/2017 09h49

Representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) do México reuniram-se hoje (20) com o diretor do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Marcelo Piccin, para conhecer as políticas públicas brasileiras de acesso à água e alimentos.

Piccin informou que o Brasil não tem problemas na produção de alimentos, mas sim na distribuição que é dificultada pela concentração de renda. Para ele, a erradicação da fome deve ser guiada pela ampliação de programas de distribuição de alimentos e por estratégias de fortalecimento da agricultura, geração de renda e articulação dos programas sociais.

De acordo com dados do ministério, 80% do dinheiro do Programa Bolsa Família é destinado para a compra de alimentos e o programa aumentou em 29% a renda familiar dos beneficiados.

Ainda de acordo com o diretor, 95% dos beneficiários não deixaram de trabalhar, o que foi questionado pelos mexicanos. Segundo Luis Fernandéz Godard, coordenador de Promoção e Desenvolvimento Humano da FAO, muitas das pessoas que participam do programa semelhante em seu país, chamado Oportunidades, ficam acomodadas. "Observamos que a transferência pode inibir a criatividade. O trabalhador exerce uma função não muito rentável e não tenta sair disso porque sabe que pode contar com o governo", afirmou.

Segundo Godard, um projeto da FAO e da Secretaria de Agricultura do México busca coordenar as ações de combate à pobreza no país, mas faltam projetos que complementem o programa Oportunidades.

Segundo ele, a experiência brasileira que articula programas como do Bolsa Família, da Merenda Escolar e o Programa de Aquisição de Alimentos possa ajudá-los a melhorar este aspecto, pois "com o isolamento não há combate a pobreza".

Fonte: Agência Brasil