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Consea participa de ações e eventos na Índia e amplia visibilidade internacional
Marcelo Torres
Em viagem à Índia, onde participa como convidado de diversos eventos e ações, o presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Renato S. Maluf, tem observado o aumento da visibilidade internacional do conselho brasileiro. O Consea tem sido demandado por diversos órgãos oficiais e da sociedade civil indiana, não só para apresentar a experiência brasileira, como também para reforçar as campanhas e proposições relacionadas à segurança alimentar e nutricional naquele país.
Um dos eventos que o Consea participou foi a Conferência Internacional "As dinâmicas da transformação rural nos países emergentes", de quarta a sexta-feira (14 a 16). Esse evento reuniu cerca de 300 participantes, entre representantes de países emergentes, como Brasil, China, Índia e África do Sul.
Na manhã de segunda-feira (19), ele participou em Nova Déli de uma manifestação pública, de rua, em prol da Campanha Rigth to Food. À tarde foi convidado para assistir ao encontro dos integrantes da campanha com parlamentares de vários partidos. O tema central são os pontos de discordância que têm com a proposta do governo de lançar uma lei de segurança alimentar (Food Security Act).
O presidente do Consea foi convidado a falar para pessoas de todos as regiões da Índia, para que ele fizesse uma apresentação sobre as experiências brasileiras.
Na terça (20), Renato Maluf viajou até o estado de Assan, onde participou de encontro na capital (Gwahati) com os integrantes do Coletivo Popular para a Alimentação e Condição de Vida. Nesse evento ele também apresentou a experiência brasileira e debateu com os indianos os desafios comuns.
Nesta quarta-feira (21), viajou para Lucknow, capital do estado de Uttar Pradesh, um dos maiores da Índia, com mais de 150 milhões de habitantes, e de lá seguiu para um vilarejo rural, bem no interior, de nome Gramin Majdoor Songh.
Naquela localidade participou de atividades como encontros com os "dalits", que formam o grupo social mais pobre entre os pobres. O representante brasileiro foi homenageado com um colar, ouviu relatos sobre os problemas locais e recebeu um abaixo assinado com as demandas deles.
"O mais emocionante ficou por último", relatou ele. "Fui a uma escola construída e gerida pela comunidade (todos dálits), onde um grupo de crianças me aguardavam sentadinhas, segurando cadernos. Numa das falas, uma criança falou "não queremos mais mendigar, queremos nossos direitos". Dá para imaginar como fiquei", concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CONSEA