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Representante da FAO elogia participação civil em encontro 5ª+2

publicado: 12/03/2018 18h51, última modificação: 13/03/2018 13h33
Segundo Alan Bojanic, o Brasil tem um modelo único de Caisan e a FAO poderá estimular políticas semelhantes em outros países. Imagem: Victor Moura/Consea

Segundo Alan Bojanic, o Brasil tem um modelo único de Caisan e a FAO poderá estimular políticas semelhantes em outros países. Imagem: Victor Moura/Consea

A participação da sociedade civil é fundamental para orientar políticas de segurança alimentar e nutricional e foi exatamente essa a grande oportunidade proporcionada pelo Encontro Nacional 5ª+2, realizado em Brasília na última semana, de 6 a 8 de março.

A afirmação é do representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic. “O melhor do evento foi que mostrou essa força, essa iniciativa”, acrescentou ele.

Para o engenheiro agrônomo Alan Bojanic, a atual conjuntura global na área de segurança alimentar é difícil. “Constatamos um aumento na insegurança alimentar na América Latina, principalmente por conta de alguns países da América do Sul e do Caribe, como é o caso do Haiti. E também de outros países na América Central”, enfatizou.

Neste cenário, ele apontou a necessidade de todos, entidades civis e governos, fazerem um esforço maior para reverter o aumento da insegurança alimentar no continente, bem como para atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que, no caso da erradicação da fome no mundo, está prevista para ser alcançada até 2025. “E, no caso da América Latina e Caribe, essa meta tem prazo ainda mais cedo, que é até 2015”, lembrou Bojanic.

Veja, a seguir, a entrevista do representante da FAO no Brasil ao site do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Como o senhor avaliar o Encontro 5ª + 2?
Muito bom, porque demonstrou a importância e a força do debate com a sociedade civil, especialmente em uma conjuntura tão especial como a que vivemos hoje, quando há sinais de aumento da insegurança alimentar. No entanto, com base na boa participação que vimos aqui, temos a convicção de que o Brasil vai conseguir se manter dentro dos níveis de segurança alimentar desejáveis. Mas, sem dúvida, temos que trabalhar para aperfeiçoar mais os mecanismos e políticas, para aprimorar novas iniciativas e, fundamentalmente, para trabalhar com pessoas mais vulneráveis. Essas foram, a meu ver, as principais sinalizações do encontro.

Qual o ponto que chamou a atenção da FAO?

O debate foi muito rico e a interação dos representantes da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) com a sociedade civil foi o que mais nos chamou a atenção. Porque esse é um modelo único no mundo inteiro. Não existe em lugar algum uma Caisan trabalhando dessa maneira. Essa é uma política que precisa ser mantida. Quanto ao evento, foi todo muito bem organizado e o Consea está de parabéns.

(Entrevista: Ivana Diniz Machado)
Fonte: Ascom/Consea

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