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Novos conselheiros: economia solidária defende agroecologia e produção orgânica

publicado: 28/06/2017 17h21, última modificação: 29/06/2017 12h26

Rodrigo dos Santos Nantes é militante no movimento de economia solidária, permacultura e agroecologia. Integra a coordenação executiva do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES). É membro do Conselho Nacional de Economia Solidária (CNES). Participa do Conselho Gestor do Projeto MS Sustentável, do Fórum Estadual de Economia Solidária e da Comissão de Avaliação do Cadastro dos Empreendimentos de Economia Solidária. Preside o Instituto Socioambiental Pantanal Sul.

Biólogo e educador popular, o conselheiro Rodrigo dos Santos Nantes representa o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

O FBES está organizado em todo o país, em mais de 160 fóruns municipais, microrregionais e estaduais. Envolve diretamente mais de 3 mil empreendimentos de economia solidária, 500 entidades de assessoria, 12 governos estaduais e 200 municípios pela Rede de Gestores de Políticas Públicas de Economia Solidária.

Na entrevista a seguir, Rodrigo comenta que, embora tenha um significado extenso, a economia solidária tem como seguimento eixos ligados à produção de base agroecológica, comercialização e o consumo de alimentos saudáveis. Ele também fala sobre como esse modelo pode contribuir para as questões de segurança alimentar e nutricional.

Como você define a economia solidária?

A economia solidária pensa num modelo de desenvolvimento econômico baseado em trabalho cooperativo e autogestionário, seguindo princípios que estão relacionados à igualdade, solidariedade, respeito ao meio ambiente e produção com sustentabilidade.

Como esse modelo pode se desenvolver nas políticas de segurança alimentar e nutricional?

O modelo de economia solidária está diretamente ligado a estas políticas visto que traz nas suas bandeiras eixos ligados à produção, comercialização e ao consumo. Também se relaciona com a produção de base agroecológica, a sistemas sintrópicos de melhoria do ambiente. Outro exemplo é que a economia solidária está ligada ao processo de reflorestamento e reconstituição de ambientes degradados. Na questão da produção ligada a empreendimentos urbanos, trabalha a produção interligada, onde os empreendimentos em rede se retroalimentam num sistema orgânico solidário. No contexto da comercialização, há possibilidade de pensar num comércio justo e produzir arranjos beneficiam a alimentação saudável. Tudo isso influencia nas políticas de segurança alimentar e nutricional.

O que espera da nova gestão do Consea?

Estou chegando este ano ao conselho. Espero que este seja um ambiente de consenso, onde todos se respeitem, e que nossas pautas representem uma luta contra influências neoliberais. Que haja uma postura e que possamos nos unir para buscar superar de uma vez por todas essa questão da fome e da desnutrição. Ter a economia solidária dentro desse espaço é trazer também a possibilidade de referências de novas práticas que irão potencializar tudo o que vem sendo discutido aqui dentro.

Entrevista: estagiário Nathan Victor, sob orientação do jornalista Francicarlos Diniz

Fonte: Ascom/Consea