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Conselheira amamenta filhinha enquanto participa de plenária

publicado: 13/01/2014 12h18, última modificação: 29/06/2017 14h19

Por mmatos

Mulher. Mãe. Conselheira. No Consea, Sandra Marli da Rocha Rodrigues, da cidade de Bom Jesus do Sul (PR), representa o Movimento das Mulheres Camponesas. É mãe de Açucena (8 anos) e de Amarílis (8 meses). Durante as plenárias, é fácil identificá-la. Sandra está sempre com a filha, conciliando a participação na reunião e a atenção à caçulinha. Aproveitamos a Semana Mundial da Amamentação – que é de 1º a 7 de agosto - e entrevistamos a conselheira, num dos intervalos de suas atividades no Conselho.

Como foi sua experiência com a amamentação?

Eu tive muita dificuldade pra iniciar a amamentação da minha primeira filha. Eu só consegui garantir que ela ficasse só no peito aos dois meses de vida porque o bico do peito era invertido. Foi um esforço muito grande para que ela conseguisse pegar a auréola do peito toda pra mamar. Era um sonho que eu tinha. Eu queria amamentar. Queria um parto natural e não não consegui. Então, eu queria amamentar. Depois que ela conseguiu pegar o peito, foi só alegria.

A sua primeira filha mamou até que idade?

Ela mamou até um ano e dois meses. Por causa das atividades, a gente tem que estar saindo. Tem a militância, o movimento. Ela já estava se alimentando bem, com uma diversidade grande de alimentos, sucos, legumes, frutas, aí eu fui tirando.

Com a sua segunda filha, como tem sido a experiência da amamentação?

Outro desafio, só que agora por um período menor. Com dezoito dias de vida, ela conseguiu pegar o peito e, depois que ela pegou o peito, era só o peito. Até os seis meses e meio foi só o peito. Com quase sete meses, eu introduzi sucos, frutas, caldinhos. Mas o peito foi suficiente nesse período.

Você respeitou o período em que a amamentação é primordial?

Com certeza. Mesmo no início, quando ela não conseguia pegar o peito nos primeiros dias, a gente tirava o colostro e dava pra ela na mamadeirinha pra garantir que ela tivesse o aleitamento materno desde o colostro, que é fundamental.

E como você concilia a participação no Consea e a amamentação? Vejo que você sempre traz sua filha. Algumas mães desistem da amamentação porque têm que trabalhar.

A gente tem consciência da importância da amamentação. É uma injeção de imunidade no organismo da criança. É importante pra ela e pra mim também. É um ato de muito amor. A gente fica mais tranqüila. No momento em que você para pra amamentar, você relaxa, fortalece o laço com o bebê, fica olhando no olho, não tem palavras. Isso é o mais gostoso. É um desafio grande conseguir conciliar. Viajar com ela é cansativo um pouco pra mim, mas é mais pra ela. Mas a gente sabe da importância que tem esse período na vida e eu quero estender. A gente sabe que existem limites culturalmente impostos: seis meses é o fundamental, mas se conseguir amamentar até os dois anos, três anos, é ótimo. Então, meu desafio é conseguir amamentar a Amarílis até os dois anos se possível. A gente sabe da importância que tem. A indústria já tentou copiar, mas não tem nada que substitua ou que se compare ao leite materno.

Fonte: Ascom/Consea