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Leitura do Mês: Guia Alimentar para a População Brasileira

publicado: 30/08/2017 17h06, última modificação: 31/08/2017 13h59
O “cardápio” do guia traz várias dicas de combinações saudáveis para o café da manhã, almoço, jantar e lanches, respeitando as diferenças regionais e sugerindo alimentos de fácil acesso para os brasileiros.

O “cardápio” do guia traz várias dicas de combinações saudáveis para o café da manhã, almoço, jantar e lanches, respeitando as diferenças regionais e sugerindo alimentos de fácil acesso para os brasileiros.

Sabe aquela lista de alimentos com poderes nutricionais milagrosos? E aquela que recomenda banir do cardápio determinadas comidas consideradas nocivas à saúde? É justamente isso o que você não vai encontrar no “menu” do Guia Alimentar para a População Brasileira.

Uma das mais completas obras sobre alimentação e nutrição, pensada especificamente para a população brasileira, o guia ― lançado em 2006 e reeditado em 2015 ― aborda a alimentação de uma forma abrangente, em vez de trabalhar com grupos alimentares e recomendações de tamanho de porções, por exemplo.

“Alimentação é muito mais do que a ingestão de nutrientes”, diz o guia em suas páginas iniciais. “Os nutrientes são essenciais para uma boa saúde, mas a alimentação adequada vai além disso”, destaca a publicação, elaborada pelo Ministério da Saúde em parceira com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Universidade de São Paulo (USP).

Coma comida e não apenas nutrientes ― comida de verdade, saudável e diversificada. Essa é a principal “receita” que o Guia Alimentar apresenta, ao recomendar que a alimentação tenha como base ingredientes in natura, ou seja, alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e produtos minimamente processados (arroz, feijão, frutas frescas). A ideia é: prefira alimentos que não precisam ser desembalados ou desembrulhados, mas sim cortados e descascados.

Outra sugestão do guia é para que se evite o consumo de alimentos processados (sardinha enlatada) e ultraprocessados (macarrão instantâneo). Caso não possa ser evitada, a ingestão desses produtos deve ser feita com moderação, pois os ultraprocessados ― além de apresentarem poucas fibras, vitaminas e minerais ― são carregados de gordura, açúcar, sódio e aditivos químicos, o que pode favorecer o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes.

Para facilitar a “digestão” da leitura, a obra é dividida em cinco capítulos, todos relacionados à prática de uma alimentação saudável. As recomendações gerais foram sintetizadas no item “Dez passos para uma alimentação adequada e saudável”.

O “cardápio” do guia traz ainda várias dicas de combinações saudáveis para o café da manhã, almoço, jantar e lanches, respeitando as diferenças regionais e sugerindo alimentos de fácil acesso para os brasileiros.

A conversa passa pela cozinha e vai mais além: a publicação aborda também as dimensões culturais e sociais das práticas alimentares e o modo como os alimentos são produzidos e distribuídos para a população, alertando para o uso intensivo de agrotóxicos, fertilizantes químicos e sementes transgênicas que vem sendo feito nas lavouras brasileiras.

O guia chama a atenção também para as estratégias publicitárias que a indústria alimentícia se utiliza para “seduzir” adultos ― e, especialmente, crianças e adolescentes ― para o consumo de produtos ultraprocessados como salgadinhos “de pacote”, bolachas recheadas, refrigerantes e cereais matinais.

Apontando caminhos para uma alimentação saudável e possível para todos, o Guia Alimentar para a População Brasileira é um “prato-cheio” para refletirmos sobre a qualidade do que estamos ingerindo e dar novos significados à nossa relação com a alimentação. Uma relação que nunca é apenas sobre víveres, mas sobre viveres. Não é só sobre sabores, mas também sobre saberes. É, acima de tudo, sobre o modelo de vida que estamos alimentando.

Texto: Francicarlos Diniz

Clique aqui para acessar a íntegra do Guia Alimentar.

Fonte: Ascom/Consea

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