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Dica de leitura: “Toda comida tem uma história”

publicado: 10/08/2018 11h06, última modificação: 10/08/2018 14h14

Cientista, matemático, engenheiro, inventor, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta, músico. O italiano Leonardo da Vinci foi tudo isso. E mais ainda: o primeiro emprego do autor de “A Última Ceia” foi como ajudante de cozinheiro.

Essa e outras saborosas revelações estão no livro “Toda comida tem uma história” (Editora Oficina, 162 páginas), de Joana Monteleone.

A obra reúne breves ensaios sobre alimentação e gastronomia. “Não chega a ser um banquete, é para abrir o apetite dos leitores”, avisa a autora.

Mas não é pelo tamanho e sim pelo sabor proporcionado que a leitura da publicação deixa a sensação de “Ah, eu quero mais...”.

No início do capítulo que dá título ao livro, Joana traz uma reflexão sobre a nutrição humana, feita por Brillat-Savarin, um dos mais famosos gastrônomos franceses de todos os tempos: “O destino de uma nação depende da maneira como ela se alimenta”.   

E é viajando pela culinária praticada em várias nações, em diferentes épocas, que o rodízio de histórias da gastronomia desembarca nas origens do popular queijo de Minas, no século XVII, passa pela descoberta da primeira receita de cheesecake, na Inglaterra do ano 1747, até chegar à década de 1820 para conhecer o segredo do sucesso do picadinho paulista feito pela Tia Silvana. 

O livro relata também a inspiradora relação de Honoré de Balzac com o café, que o acompanhava nas quinze horas diárias que o escritor dedicava para escrever seus romances. 

A obra dá uma pista também de que o talento de Leonardo da Vinci pode ter superado o campo das artes e da ciência, ao abordar a história de um caderno de receitas atribuído ao gênio do Renascimento e encontrado no início dos anos 1980 nos porões do Museu Hermitage, na Rússia.

Não há comprovação de que Da Vinci também era um master-chefe na Florença do século XV. Mas convém não duvidar.  

Texto: Francicarlos Diniz

Fonte: Ascom/Consea