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Dica de leitura do mês: “Minha mãe fazia”

publicado: 31/08/2018 16h57, última modificação: 31/08/2018 17h05

Qual comida lhe faz voltar no tempo para resgatar a memória afetiva dos amores, muito além da experiência gustativa dos sabores?

E se essa viagem sentimental vier temperada pela saudade das vivências culinárias da sua mãe?

Quem lê o livro “Minha mãe fazia ‒ Crônicas e receitas saborosas e cheias de afeto” não passa incólume ao mergulho no tempo das lembranças queridas, ainda mais quando a personagem maior dessas histórias não está mais por aqui.         

São 238 páginas, 67 receitas e uma infinidade de experiências que transcendem a simples descrição de ingredientes. Em cada instrução de receita, a jornalista Ana Holanda conta uma passagem marcante de sua vida. Pedaços de afetos de ontem e de hoje.

“A inspiração veio do meu prazer em cozinhar e da vontade em oferecer aos meus filhos uma comida de verdade, feita em casa, cheirosa e saborosa”, explica a escritora. “É comida de mãe, que nos refaz quando a gente precisa, afaga ou acolhe quando o momento pede”, adiciona ela. 

“Cozinhar é um modo de amar o outro”, diz o escritor moçambicano Mia Couto. Em “Minha mãe fazia”, a autora também aposta na ideia de que, mais do que aplacar a fome, o alimento pode nutrir o coração. 

Não há nada mais saboroso do que comer algo que nos remete e nos conecta às boas lembranças. Essa viagem afetiva pode ser um bom caminho para a tão desejada alimentação saudável, feita com comida de verdade. Uma experiência que nunca, em nenhum tempo e lugar, fast-food algum proporcionará. 

Por Francicarlos Diniz, jornalista.

PS: o autor da resenha acima mergulhou também no tempo das lembranças queridas das receitas inigualáveis de sua mãe. Do preparo da canjica, da tapioca, do cozido, do rubacão, da delícia de abacaxi, da farofa de cuscuz nordestino. É a comida popular que não nos deixa perder a identidade de nossas raízes. Comida sem frescura ou pretensão de ser gourmet. Que nos faz verter água na boca pelo sabor e inundar os olhos pela saudade.