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Agenda 2030 abre oportunidades para empresas
Em reunião conjunta, os Conselhos Empresariais de Responsabilidade Social e de Meio Ambiente do Sistema FIRJAN convidaram Henrique Villa, Secretário Nacional de Articulação Social, para apresentar as estratégias e os desafios para a implantação da Agenda 2030 no Brasil. A iniciativa, concebida pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem pontos de convergência com o Mapa do Desenvolvimento 2016-2025, principalmente nas metas voltadas ao progresso sustentável e no fomento a um ambiente para negócios mais seguro e competitivo.
O Secretário apresentou as oportunidades que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) oferecem ao setor produtivo, como a ampliação da competitividade por meio de práticas sustentáveis. “Essa ferramenta auxilia os gestores indicando os melhores processos de tomada de decisão com foco na sustentabilidade. Ela também estimula a evolução organizacional e oferece os melhores caminhos para atrair investimentos”, afirmou.
Segundo Villa, o engajamento do setor privado é fundamental porque a tendência mundial é de prioridade à indústria de baixo carbono e por empreendimentos e produtos sustentáveis: “A mudança de mentalidade fez com que o nosso padrão de consumo fosse alterado. As novas gerações querem saber onde foi feito determinado produto e se o fabricante está de acordo com as exigências éticas e legais. Se quisermos participar de processos de concorrência internacional, teremos que nos adequar às demandas do mercado”.
De acordo com Villa, as empresas que incorporarem os ODS em suas estratégias de negócios podem se destacar no mercado. “Entre as demandas colocadas pela ONU, existem pontos que tangem compliance e boa governança. Essas orientações dão transparência na relação de entidades privadas com agentes públicos. Além disso, aderir a essa agenda cria um ambiente para a melhoria da imagem da empresa junto à sociedade civil. O Rio, mais do que nunca, necessita desse olhar, e a FIRJAN é o ator fundamental para essa retomada”, observou.
“A mudança de mentalidade fez com que o nosso padrão de consumo fosse alterado", Henrique Villa | Foto: Vinicius Magalhães |
Outro ponto abordado durante a reunião foi o lançamento, em 15 de dezembro, do Plano de Ação para as ODS. Elaborado pela Comissão Nacional de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), presidida pelo secretário, a iniciativa contempla quatro importantes eixos de atuação nas áreas ambiental, econômica, social e institucional.
No papel de Estado-Membro da ONU, o Brasil se comprometeu a cumprir a Agenda 2030 que contém os 17 ODS, distribuídos em 169 metas. Esse planejamento em longo prazo visa alcançar um equilíbrio entre prosperidade humana e a preservação do planeta. Isaac Plachta, presidente do Conselho de Meio Ambiente, destaca a sinergia entre os ODS e as demandas do Mapa do Desenvolvimento: “A disseminação de parcerias estratégicas com foco no progresso do estado do Rio será imprescindível para a retomada do crescimento do estado”.
Para Luiz Césio Caetano, presidente do Conselho de Responsabilidade Social, a participação industrial, principalmente de pequenas e médias empresas, é uma das peças-chave para que esse planejamento em longo prazo funcione de forma adequada.
“Temos um papel fundamental na mobilização em prol do desenvolvimento sustentável. O Sistema FIRJAN vem estimulando debates e indicando caminhos para a indústria fluminense implementar essas boas práticas, com foco na competitividade”, disse ele.
A reunião aconteceu em 5 de dezembro, na sede da Federação.